sexta-feira, 21 de agosto de 2015

EU VOLTEI, AGORA PRA FICAR..... SERÁ?



Em maio eu resolvi que ficaria muda. Não havia nada mais a ser falado, comentado, contado.
Todo dia, sempre tudo igual. Notícias? Sempre as mesmas: violência, corrupção, desastres......
Minha vida pessoal também sem novidades. Pode haver novidades para uma dona de casa aposentada? O quê contaria? Que aprendi a fazer pão sem glúten e sem lactose?
Não, não estou reclamando, na verdade, bem que gosto de ser do "lar", depois de tantos anos de trabalhos múltiplos, compromissos, horários.

Depois, já havia dissecado minha vida pelo avesso, eu já tinha me escancarado, me desnudado por completo.
Óbvio que durante esse tempo eu pensava sobre muitas coisas, ficava indignada, irritada. Sim, havia uma vontade de escrever, mas a impressão que eu tinha é que contar o que se passava na minha cabeça seria como chover no molhado.
Gostaria de ter a capacidade de escrever um romance, inventar personagens, situações mirabolantes, mas não tenho essa verve. Portando, partiu período sabático.
Mas quem gosta e se dedica ao ofício da "escrevinhação", começa a sentir uma coceira nos dedos, sintoma absolutamente desconfortável, não há remédio em nenhuma farmácia para aliviar.

Sabia que precisava voltar, só não sabia como. Blogs de moda, maquiagem, design, crônicas e afins, já existem aos montes.
Então, comecei a me analisar, a garrar reparo no meu marido, nas minhas amigas que reencontrei depois de quarenta anos. Ainda me assusta pensar que quarenta anos se passaram como se passa um dia.

Percebi que, aos cinquenta e sete anos já havia vivido muito mais que a metade da minha vida, que embora a medicina nos prometa uma maior longevidade, ainda assim, estou entrando numa fase que hoje, para disfarçar, chamam de "melhor idade".
Sinceramente,  de bacana (bacana?) mesmo só fato de ter me tornado mais seletiva (em relação a tudo), a não calar minha boca, a me posicionar mais diante dos acontecimentos e comportamentos e sobretudo a não ter mais receios sobre o que pensam de mim, se me gostam ou não. Sou o que sou, sem fotoshop feito para agradar meia dúzia de pessoas.

Claro que nem todo mundo encara a terceira idade desta forma. Há quem goste. Em alguns aspectos, até a aprecio, mas no geral, a odeio.
Tenho saudades da juventude, de quando não tinha rugas, cabelos brancos,tinha disposição para enfrentar uma noitada sem precisar dormir vinte e quatro horas seguidas para recompor meu corpinho.

Então, é sobre isso, a passagem do tempo, que resolvi seria o tema deste novo blog.
Ainda não cheguei aos sessenta, mas não falta muito e as mudanças que vivenciamos e que são inevitáveis, acho que darão um bom caldo. Mas sobretudo, penso que, tratando do assunto com o devido respeito, eu possa encontrar mais serenidade.
Bom, cá estou eu de volta, por favor, me acompanhem nessa jornada, dividam comigo suas dúvidas, angústias, soluções.
Juro, vou tentar ser mais otimista, encarar a decrepitude com mais humor, porque sem humor, amigas, aí mesmo é que se ferra tudo.








 

segunda-feira, 11 de maio de 2015

DESPEDIDA

Não sou Ana, nem Analu, nem tão pouco Tati. Sou simplesmente alguém cansada de viver. Não o viver pessoal, íntimo, mas o viver coletivo, do qual infelizmente não posso escapar, mas posso perfeitamente deixar a porta para o mundo fechada e só abri-la quando estritamente necessário.É o que vou fazer doravante. Já escrevi tudo, expus tudo, sangrei na frente de voces, compartilhei do bom e do mau. Agora é o recolhimento. Ana, Analu ou Tati somem, evaporam. O que penso ou sinto, somente muito poucos tomarão conhecimento. Encolho feliz o meu planetinha particular.
Meu blog, de tantos anos acaba aqui. Nada mais a declarar.Agradeço aos que me acompanharam durante todo esse tempo. Talvez um dia, quem sabe, quando eu ligar a televisão e os mortos não pularem da tela diretamente para o meu tapete, eu volte. Talvez, pois por enquanto isso é só uma utopia.

sábado, 18 de abril de 2015

ANALU, A QUASE SEMPRE DELICADA

INTIMIDADES. TÊ-LAS OU NÃO TÊ-LAS, EIS A QUESTÃO.


Há muito que desejava abordar essa questão, mas sempre aparecia outro assunto e o tema ia ficando para segundo plano.
Quando me refiro à intimidade, não estou colocando aquelas relações entre amigos, parentes ou até mesmo conhecidos com as quais você compartilha algumas manias, segredinhos, desejos e pode se dar ao luxo de recebê-las com um moleton velho, meio descabelada, sem maquiagem, a casa virada numa bagunça, mas você sabe, elas não darão a mínima pelota, afinal, voces são íntimas.
O que quero colocar aqui é a questão de até quando podemos ir numa relação a dois. Tudo, mas tudo mesmo é permitido? Para mim não é.
Talvez pela minha criação, minha mãe não era muito liberada nesses aspectos, eu tenha herdado dela algumas características.
Pressupõe-se que a partir do momento em que você passa a juntar as escovas de dentes, todas as regras de civilidade podem correr soltas.
Para mim, absolutamente, essas regras não têm validade, aliás, nunca tiveram, nem com marido, amigas ou família em geral.
Quando eu era jovem, ficava muito intrigada com amigas que precisavam de companhia para ir ao banheiro, imaginem, fazer o número dois!!
Certas e muitas coisas são de foro totalmente particular. Talvez, quem sabe, eu seja muito reprimida, mas confesso, limpar o meu narizinho na frente de alguém, jamais. Tudo bem, todo mundo tem meleca, mas limpe seus orifícios longe dos olhos alheios. Vá ao banheiro, ou ao seu quarto, munida de um pedacinho de papel higiênico ou um lenço de papel e use, por favor. Nada de colocar melequinhas debaixo de móveis.

Questão necessidades fisiológicas, sendo muito fina, para não dizer que "vou ao banheiro porque estou com dor de barriga" são outros pontos nevrálgicos numa relação.
Óbvio, ninguém que eu conheça não joga fora aquilo que seu corpo não deseja mais, porém você precisa mostrar ao mundo, ou ao seu companheiro esse ato tão deselegante, além de fedido?
Pense, imagine a cena: você sentada num vaso, as roupas arriadas ao chão, fazendo caretas quando o processo é meio difícil e depois soltando suspiros de alívio, tudo envolto num perfume que com certeza, não pertence a nenhuma "maison' francesa. Nem vou descrever o processo limpeza, me recuso, só digo que tenho a mais firme certeza que todo mundo  dá uma olhadinha na "nhaca" que fez.

Resolvi entrar nesse assunto escatológico, porque essa semana recebi uma crítica. Disseram-me que meu casamento não era assim tão amalgamado, pois nem eu, nem tão pouco meu marido vamos ao banheiro de porta aberta. Ora bolas, já não dividimos coisas suficientes? É preciso ainda que vejamos particularidades tão nossas, que pertencem somente a nós mesmos? Tudo bem, respeito quem ache que isso seja um ato perfeitamente normal ( e é, afinal das contas faz parte da fisiologia de todo ser vivo), mas precisa ser exposto ao público?
Sei lá, para mim, perde um pouco a poesia. Soltar pum também, só se for por um infeliz acidente.
São gestos tão pequenos, e na verdade não são problemas, são questões de delicadezas, de um pouquinho de elegância, e vamos combinar, estamos tão carentes delas. Lembram do meu texto de ontem? Mandei minha boa educação às favas, mas ali havia um bom motivo, se bem que talvez se eu enviasse para o sujeito um livro da Glorinha Kalil, com um bilhetinho bem singelo, minha revolta surtisse mais efeito.


 Existem várias maneiras de se humilhar alguém sem precisar de xingamento.
Agora, voltando ao tema, me desculpe quem não concorda com minha postura, jamais, em hipótese alguma alguém me verá fazendo porcâncias por aí. Nem meu marido. Aliás, muito menos ele que tem que ver sim, outras coisas bem mais delicadas.

No próximo post farei um check list de boas maneiras nas relações amorosas.


sexta-feira, 17 de abril de 2015

ANALU, A QUASE SEMPRE DELICADA

QUEM VOCÊ PENSA QUE É?????




Hoje quem lhes escreve é uma Analu NADA DELICADA! Hoje eu subo nos saltos e rodo a minha baiana.



Existe situação pior, num ambiente de trabalho, quando você tem um chefe que se "ACHA"?
Quando essa criatura confunde autoritarismo com autoridade, sendo que, para quem tem um pouquinho de inteligência, sabe muito bem a diferença entre as duas definições.
Se VOCÊ seu dentista CRETINO, não sabe, volte para a escola ou peça para seus pais lhe ensinarem bons modos, delicadeza, respeito, ética. Se quiser também posso lhe dar umas aulas de etiqueta, não antes porém de lhe dar uma boa surra de vara de marmelo, que é o que lhe faltou na infância. Mas nunca é tarde!



Coitado, não sabe nem que que o sinônimo de BOTAR é o mesmo que colocar, pôr! Que falta faz um Aurélio, que falta faz uma sólida base cultural. Vá ler, mas não essas revistas populares que você tem aos montes no seu consultório. Leia literatura de verdade, autores consagrados e aprenda que cada região deste país tem formas distintas de vocabulário.
Já que você é tão sabido, me responda: por que em Curitiba chama-se salsicha de VINA?????
O seu comportamento estúpido é que faz nenhuma secretária conseguir trabalhar com você, idiota!! Você tem todo o direito de chamar a atenção ou corrigir uma funcionária sua, mas o faça com educação e JAMAIS na frente de um cliente.
E o desgraçado ainda quer ser chic! Ser chic meu bem, é principalmente ser bem educado. Nenhuma pessoa merece ser tratada como lixo. Aliás, para fazer jus a minha selvageria, digo-lhe em alto e bom tom : VOCÊ É UM LIXO, apenas com uma diferença, lixo pode ser reciclado e você, para melhorar, só nascendo de novo!


SÓ PARA CONSTAR: SOU ABSOLUTAMENTE CONTRA VIOLÊNCIA INFANTIL. PARA MIM ISSO É UM CRIME HEDIONDO. POR FAVOR, NÃO PENSEM QUE APROVO ESSE TIPO DE EDUCAÇÃO (?). O QUE ESCREVI É APENAS METAFORICAMENTE.
 

terça-feira, 14 de abril de 2015

ANALU, A QUASE SEMPRE DELICADA

MOMENTOS DE PURA FELICIDADE

Semanas agitadas, tantos afazeres que nem tive mais tempo de escrever nada. Meu corpo está cansado, minha cabeça também, tenho sono e não consigo dormir, nem com os meus remédios.
Mas não são problemas que me levam a esse estado, são mudanças de vida e mudanças para melhor.Estou como um pinto no lixo, realizada. Nada me deixa mais contente e realizada do que arrumar minha casa. Gosto de morar, de decorar, de comprar enfeites, de mudar posição de móveis.
Entre uma loja de roupas ou de calçados, soltem-me numa loja que vende assessórios para casa. Fico louca. E nem me importo se é uma loja de r$ 1,99, fico extasiada da mesma maneira.



Agora, meu marido e eu resolvemos recuperar nossa casinha, aquela que passou por uma enchente, por um incêndio e pelo pior de todos os males: o "tragédia humana'. Ele conseguiu destruir tudo o que a água e o fogo não conseguiram, além de ter feito do meu terreno um lixão.


 Meus cachorros, coitados, nem sei como sobreviveram a tamanho descaso. Faço um "mea culpa". Simplesmente larguei tudo de mão. Senti-a me fraca, desmotivada e muitas vezes tive vontade de me desfazer de todos os meus cachorros e nunca mais pisar meus lindos pezinhos naquele lugar.
Mas com a melhora da saúde, com a chegada da minha aposentadoria, sei lá o que me deu. Uma energia, uma vontade de recuperar tudo e foi um sentimento tão forte que contagiou meu marido. Então estamos os dois num processo que começou pela dispensa do "tragédia, passou por um mutirão de limpeza ( que ainda não acabou), um tratamento de choque com os cachorros que incrivelmente em aproximadamente três semanas já estão outros.

 Aos poucos, não como uma obrigação, mas como um prazer, estamos, dia a dia colocando ordem no lugar. Pode-se dizer que ela já está praticamente habitável. E a felicidade  também voltou a habitar em mim..
Claro que não sou descompensada ao ponto de não desejar outras coisas que me são importantes, como viajar, por exemplo. Mas uma casa bem arrumada, limpa e confortável é o lugar em que mais gosto de estar no mundo todo.
Confesso que Analu, a quase sempre delicada teve momentos, bom, melhor nem dizer, que gostaria de exterminar o "tragédia" da face da terra. Em outros, a vontade era de me chicotear por deixar a situação chegar ao estado deplorável  em que tudo se transformou. Realmente gente, creio que eu é quem deveria ir para o pelourinho. Era para mim mesma que eu devia subir nas tamancas e rodar minha baiana. Mas não fiz nem uma coisa nem outra, continuei na linha da delicadeza. Pela primeira vez na minha vida, realmente foquei na solução e não nos problemas e tem sido muito  melhor assim.
Se tivesse tido ataques de pelancas, muito provavelmente teria consumido minhas energias de forma negativa e não produtiva.
Para coroar a série de coisas boas, agora sou cidadã portuguesa. Tenho dupla nacionalidade, faço parte da comunidade européia. Pode ser mais chic?
Então, depois de tudo arrumadinho, vamos pensar em terminar o mestrado de meu marido em Portugal, lá pelo ano que vem. Agora só preciso aprender a dançar o vira!








sexta-feira, 10 de abril de 2015

ANALU, A QUASE SEMPRE DELICADA

A PERDA DE MEMÓRIA VOLUNTÁRIA É ALGO INDESCULPÁVEL


Você provavelmente, teve amigos, que muitas vezes eram amigos de seus pais e pais de seus amiguinhos, durante a vida, não? Pessoas as quais você queria bem, que você achava que também gostavam  de você e de sua família. Geralmente vizinhos, principalmente se você morava em algum tipo de condomínio. Cada um compartilhava a vida de cada um, formava-se quase uma "família".
O tempo passa, voces se mudaram, cada um tomou um rumo, mas no coração e nas lembranças aquelas pessoas continuaramm a ter um lugar muito especial. E quando voces se reencontram, geralmente em casamentos ou muito comumente em velórios, é aquela emoção, é um relembrar dos velhos tempos, nem reparamos que todos estamos mudados, por dentro e por fora.
Mas não será a distância ou a falta de oportunidade que fará você esquecer aquelas pessoas que viram você crescer, virar adolescente, socorrer quando sua mãe vinha atrás de você com um chinelo na mão, enfim, aquela que sabia absolutamente tudo da sua vida. Sim, porque antigamente era assim, havia mais compartilhamento, mais afetividade, menos isolamento.

Até o dia em que você, muitos anos depois, quando a vida já lhe deu várias surras e você passou por perrengues inenarráveis, você descobre que aquela pessoa, desfia a sua vida, de modo desrespeitoso, conta todos os seus podres, suas dores, em um evento social repleto de mulheres que não fazem nada da vida a não ser viver para esses ditos "eventos sociais". Futilidades de quem não tem um propósito, de quem não conhece a palavra ética, de quem não respeita aqueles que um dia foram verdadeiramente seus amigos. Triste, não?
Eu sinceramente não me abalo com comentários ou opiniões a meu respeito feito por gente com as quais minhas relações são absolutamente superficiais. Cada um pense o que quiser, fale o que quiser. Pouco se me dá! Mas dói quando você sabe que que aquela pessoa de quem você gostava tanto, agora "esqueceu" que um dia e durante muito tempo fez parte ativa de seu viver. Assim, como num passe de mágica, você é esquecida, você passa a ser "NADA", um Zé das couves qualquer e tudo o que você passou torna-se um assunto ou melhor, uma fofoca das mais baixas. Que desencanto!
E a criatura ainda posa de chic, de fina! Que feio, que desprovimento de sensibilidade, até mesmo de humanidade.

Por isso meus amigos, pensem bem antes de comentar sobre a vida alheia (principalmente se não for tão alheia assim). Lembrem do tempo em que voces compartilharam juntos, do tempo em que voces eram realmente "amigos". Digo eram, porque amigos a gente não descarta da memória, a gente os guarda para sempre com carinho dentro de nossas lembranças mais caras.
Ah! e principalmente, se você não conseguir segurar sua língua, pelo menos selecione o seu ouvinte. Não conte coisas para pessoas que são seguramente e reconhecidamente do mal.
Realmente, se eu contar para a Glorinha Kalil, ela vai lhe dar um baita puxão de orelha e muito delicadamente, como é de seu feitio, vai lhe chamar de "velha fofoqueira".
Também não se esqueça que o mundo é pequeno e que no fim nos sempre saberemos a verdade.
Que lástima! Tantos anos de estima jogados fora, numa mesa de carteado.

sábado, 4 de abril de 2015

ANALU, A QUASE SEMPRE DELICADA

                                           SER CHIC NAS MENORES ATITUDES





Muita gente que eu conheço anda por aí vestindo as melhores grifes, as mais caras, óbvio, cheias de adereços, cabelo trabalhado na escova progressiva, pele do rosto esticadinha de botox, se achando podre de chic. Tadinhas!!!
Claro que aparência é importante, pessoas mal vestidas, seja por mau gosto ou por não ter absoluta noção de sua idade e corpo, assustam. É uma visão do inferno.
Mas ser chic mesmo é, entre outras coisas, você cumprir com seus compromissos a risca, entregar o que lhe foi pedido com qualidade e no prazo certo, mesmo que você tenha que passar as noites acordadas ou levantar de madrugada para dar conta. Palavra dada e cumprida vale mais que nota promissória. Ser chic é antes de tudo uma questão de respeito para com os outros e isso meus amigos, reverte em respeito por você e para você. Pode acreditar!