sábado, 18 de abril de 2015

ANALU, A QUASE SEMPRE DELICADA

INTIMIDADES. TÊ-LAS OU NÃO TÊ-LAS, EIS A QUESTÃO.


Há muito que desejava abordar essa questão, mas sempre aparecia outro assunto e o tema ia ficando para segundo plano.
Quando me refiro à intimidade, não estou colocando aquelas relações entre amigos, parentes ou até mesmo conhecidos com as quais você compartilha algumas manias, segredinhos, desejos e pode se dar ao luxo de recebê-las com um moleton velho, meio descabelada, sem maquiagem, a casa virada numa bagunça, mas você sabe, elas não darão a mínima pelota, afinal, voces são íntimas.
O que quero colocar aqui é a questão de até quando podemos ir numa relação a dois. Tudo, mas tudo mesmo é permitido? Para mim não é.
Talvez pela minha criação, minha mãe não era muito liberada nesses aspectos, eu tenha herdado dela algumas características.
Pressupõe-se que a partir do momento em que você passa a juntar as escovas de dentes, todas as regras de civilidade podem correr soltas.
Para mim, absolutamente, essas regras não têm validade, aliás, nunca tiveram, nem com marido, amigas ou família em geral.
Quando eu era jovem, ficava muito intrigada com amigas que precisavam de companhia para ir ao banheiro, imaginem, fazer o número dois!!
Certas e muitas coisas são de foro totalmente particular. Talvez, quem sabe, eu seja muito reprimida, mas confesso, limpar o meu narizinho na frente de alguém, jamais. Tudo bem, todo mundo tem meleca, mas limpe seus orifícios longe dos olhos alheios. Vá ao banheiro, ou ao seu quarto, munida de um pedacinho de papel higiênico ou um lenço de papel e use, por favor. Nada de colocar melequinhas debaixo de móveis.

Questão necessidades fisiológicas, sendo muito fina, para não dizer que "vou ao banheiro porque estou com dor de barriga" são outros pontos nevrálgicos numa relação.
Óbvio, ninguém que eu conheça não joga fora aquilo que seu corpo não deseja mais, porém você precisa mostrar ao mundo, ou ao seu companheiro esse ato tão deselegante, além de fedido?
Pense, imagine a cena: você sentada num vaso, as roupas arriadas ao chão, fazendo caretas quando o processo é meio difícil e depois soltando suspiros de alívio, tudo envolto num perfume que com certeza, não pertence a nenhuma "maison' francesa. Nem vou descrever o processo limpeza, me recuso, só digo que tenho a mais firme certeza que todo mundo  dá uma olhadinha na "nhaca" que fez.

Resolvi entrar nesse assunto escatológico, porque essa semana recebi uma crítica. Disseram-me que meu casamento não era assim tão amalgamado, pois nem eu, nem tão pouco meu marido vamos ao banheiro de porta aberta. Ora bolas, já não dividimos coisas suficientes? É preciso ainda que vejamos particularidades tão nossas, que pertencem somente a nós mesmos? Tudo bem, respeito quem ache que isso seja um ato perfeitamente normal ( e é, afinal das contas faz parte da fisiologia de todo ser vivo), mas precisa ser exposto ao público?
Sei lá, para mim, perde um pouco a poesia. Soltar pum também, só se for por um infeliz acidente.
São gestos tão pequenos, e na verdade não são problemas, são questões de delicadezas, de um pouquinho de elegância, e vamos combinar, estamos tão carentes delas. Lembram do meu texto de ontem? Mandei minha boa educação às favas, mas ali havia um bom motivo, se bem que talvez se eu enviasse para o sujeito um livro da Glorinha Kalil, com um bilhetinho bem singelo, minha revolta surtisse mais efeito.


 Existem várias maneiras de se humilhar alguém sem precisar de xingamento.
Agora, voltando ao tema, me desculpe quem não concorda com minha postura, jamais, em hipótese alguma alguém me verá fazendo porcâncias por aí. Nem meu marido. Aliás, muito menos ele que tem que ver sim, outras coisas bem mais delicadas.

No próximo post farei um check list de boas maneiras nas relações amorosas.


Nenhum comentário:

Postar um comentário