segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

O QUE POSSO OU NÃO FAZER 2

Fazer as unhas.  Sempre gostei de "futucar" minhas unhas, principalmente as unhas dos pés.  
Mexo, remexo, corto, cavuco tanto que chego a tirar sangue.
Mas só nos dedões. É que de tanto cortá- las de forma
indevida, elas agora se encravam na pele. Não, não
pense que meus dedos são feios, pelo contrário, eles
sempre foram muito apreciados. É certo que às vezes corto
tanto as cutículas que bem podia fazer um  bife com elas.
Antes era fácil eu fazer meus pés; hoje já não  consigo
tanto, pois é bem complicado trazer os pés até perto de mim.
Fico numa posição muito incômoda, mas ainda os faço, porque
não é  qualquer manicure que deixo mexer neles.
As mãos ainda dou conta, tiro uns pedacinhos de pele,
é verdade e consigo pintar  as unhas. Pintar é tarefa meio
que missão impossível. Claro que, com a tremedeira, acabo
sempre por borrar os dedos, é inevitável. Mas este é o menor de meus problemas, basta ir a um bom salão de beleza. 








Graças aos céus e  a minha adorada genética, nunca tive muito pelos, exceto aqueles muito necessários.


Por exemplo, jamais depilei ou raspei as coxas, pois elas são lisinhas como pernas de um bebê.
Sempre achei o máximo quando uma amiga dizia que "ia ao salão se depilar". Eu nunca fiz isso, não iria pagar uma nota preta para arrancar meia dúzia de pelinhos. Então, o pouco que tinha era tirado em casa mesmo com aparelho de barbear, entretanto agora o faço com muito cuidado, sob o risco de me escalpelar. Melhor ficar um pouquinho peluda ou pedir ajuda de meu marido. Bem mais seguro.


Escrever.  Um dos primeiros sinais que apareceram e que me levaram a acreditar que algo estava fora do normal, foi a minha letra. Desde sempre, para estudar qualquer assunto, valho-me do recurso de fazer resumos. Certa feita comecei a perceber que o que ia escrevendo ia diminuindo de tamanho, ficando o escrito quase ilegível. Com certeza não era um novo idioma, nem tão pouco a ressuscitação de uma língua morta.  Por vezes, nem eu mesma entendia, quase que precisava a ajuda luxuosa de uma lupa. Ainda não sabia que era uma gracinha a mais do Parkinson, chamada de micrografia. Lembro da letra do meu pai e quando leio alguma coisa que ele deixou escrita, percebo a mesma dificuldade. Mas hoje, pouco escrevo à mão e o computador é um bom professor de caligrafia.



Você consegue entender esses garranchos? Nem eu!


PS: estou me matando para fazer esses efeitos, incluir os desenhos, mas tenho que concordar com a Martha Medeiros,  a leitura ficou muito mais interessante e agradável. Obrigadinha!!

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