Sou uma mulher que não gosta do perigo, não gosto de me arriscar. Bem que gostaria de ser mais corajosa, tipo assim, uma parceira de James Bond (ai Daniel Craig, adoraria pular de um edifício com você!).Nunca fui de grandes aventuras, de colocar a minha vida em perigo. Acho que isso vem lá da minha infância, quando minha mãe nos proibia até de subir numa mureta.
O que fiz de mais ousado, depois de adulta, foi pular de uma tirolesa, duas vezes, por sinal.
Quando criança, a maior de minhas travessuras, sempre escondida, é lógico, era subir numa goiabeira para colher as melhores goiabas que já comi. A danada da árvore era alta, seus últimos galhos batiam na janela da casa de minha tia, que era de dois andares. Então era muito comum eu entrar em sua casa pela janela, como uma ladra e sair calmamente pela porta, geralmente dando um susto na empregada.
Agora, aos cinquenta e sete anos estou correndo riscos diariamente. São muitos os perigos desta vida!
Alguns são mais graves, outros mais simples, que apenas me constrangem e não deixam sequelas, apenas a "pagação" de um "mico. Então vamos lá:
Andar de moto. É verdade que nunca apreciei muito, sempre tive medo de uma queda que me ralasse o corpo inteiro. Quando era adolescente até me atrevia a dar umas voltas com algum amigo, mas sempre recomendando que ele guiasse a dez quilômetros por hora.
Hoje, volta e meia, sou obrigada a apelar para este tipo de transporte, coisa bastante comum aqui em Balneário Camboriú.
Meu medo maior já não é nem o de cair, até porque não posso usar meus óculos com capacete, então não vejo nada. Meu pavor é colocar na cabeça um capacete "empiolhado! Também já sei que subir e descer da moto, requer uma estratégia que pode demandar até a presença de um guinho para me içar do assento.
Simplesmente as pernas não ajudam, meus joelhos e tornozelos parecem de gelatina. Já vivi essa experiência recentemente e não pretendo vivê-la de novo tão cedo.
Além do mais, agarro-me tão fortemente ao motorista que ele pode pensar o que não deve, pois quase arranco-lhe a camisa
Dirigir automóvel. Uma pena realmente, pois fico sempre na dependência de uma carona de meu marido. Pense você num pé sem força, tremendo sobre o pedal do acelerador, ou precisando dar uma freada brusca. Não só coloco em perigo a minha vida, mas a de algum incauto. No meu caso, aquela velha máxima de "mulher ao volante, perigo contante", se aplica muito bem. Faz anos que não dirijo.
Quesito maquiagem. Bom, aí temos dois problemas. Primeiro é que não enxergo quase nada. Sete graus, são sete graus e depois, como é que vou passar rímel nos cílios sem ficar toda borrada, parecendo que levei um soco no olho? Até já desenvolvi uma forma que dá mais ou menos certo: com a mão esquerda seguro o punho direito, firmando-o bem e assim consigo alongar meus cílios sem fazer muita lambança. Mas geralmente preciso fazer uma correção depois, para não passar por palhaça
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário