Acreditei que poderia revolver o passado e sair impune das lembranças. Elas nunca são leves, mas se tornam incrivelmente pesadas nesta época do ano, quando parece que todas as nossas emoções e percepções estão à flor da pele.
Por isso, peço um tempo, até este período de festas passar e a vida seguir seu ritmo normal, sem trilha sonora de músicas natalinas invadindo nossas casas, sem o brilho alucinante das luzes que parecem incendiar a cidade e sobretudo sem Papai Noel com um saco cheio de presentes lindamente embalados em papeis e fitas que se descobre ao abri-los, não passarem de caixas de torturas.
Sim, tortura. A comissão da verdade que carregamos todos, expõe as dores, os sofrimentos e as perdas com maior veemência. E eu não quero esse presente embaixo do pinheirinho.
Então, peço-lhes licença para deixar os dias correrem, então volto ao passado. Agora é impossível.
Tenham todos um Natal feliz e entrem em 2015 cheios de coragem e esperança, principalmente para aqueles que vivenciam experiências semelhantes as minhas.
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